top of page

ST 01 - O ordenamento da vida pelos sinais do Céu: do diálogo com Deus ao mapeamento do mundo

ST 01 - O ordenamento da vida pelos sinais do Céu: do diálogo com Deus ao mapeamento do mundo

As formas de contato com o que está acima e muitas vezes além dos homens, e que genericamente se chamou de “Céu”, são variadas, como se pode ver nos registros históricos do Ocidente. Como objeto de um conhecimento pragmático, as configurações estelares serviram à contagem da temporalidade, ao deslocamento espacial e às interpretações de sua determinação sobre as ações humanas, abrindo as portas para o desenvolvimento do que conhecemos como astronomia e astrologia. Por outro lado, em seu sentido metafórico e espiritual, o Céu indica o eterno, o que está acima, que transcende e ao mesmo tempo observa a vida mundana, alinhando o diálogo dos homens com Deus. Das práticas devocionais, ao saber antigo e medieval, passando pelos viajantes da Expansão até a ciência moderna, este simpósio reunirá pesquisas, concluídas ou em andamento, que se proponham discutir os modos de apreensão do Céu ao longo do tempo, contemplando as formas e os conteúdos utilizados pelos homens para se orientar espiritual, moral e geograficamente ao considerarem a influência do de cima sobre o de baixo. 

05 de junho - a partir das 13:30h 

Da Terra ao Céu, as práticas devocionais na corte portuguesa no século XV -  Yasmin de Andrade Leandro

 

“Cavaleiros e muitos outros homens nobres de valor”: instruções para guerreiros do Quatrocentos no Boke of Noblesse de William Worcester - Prof. Me. Fernando Pereira dos Santos

 

Os acontecimentos bíblicos e sua influência na “viagem” de Jean de Mandeville à Jerusalém - Jorge Luiz Voloski

 

Feitos milagrosos durante as viagens marítimas no Atlântico (sécs. XVI a XVIII) - Lucas de Almeida Semeão

 

Heróis na terra, bem-aventurados no céu: as façanhas virtuosas da nobreza no Brasil colonial - Profa. Ma. Clara Braz dos Santos

06 de junho - a partir das 09:00h

Belas artes: a revelação divina conquistada pelo homem - Iris Cristina Fabri Paiva 

A cura dos achaques do corpo e da alma no Brasil dos séculos XVII e XVIII - Edson Tadeu Pereira

O charlatanismo entre os realizadores de remédios no Brasil oitocentista - Profa. Ma. Amanda Peruchi

O conhecimento científico é obra de Deus: Igreja, cientistas e Estado Novo no pós-guerra - Isabela Quint Martins 

Profa. Dra. Letícia Gonçalves Alfeu de Almeida | Profa. Dra. Simone Ferreira Gomes de Almeida

ST 02 - Ordenar, trabalhar e explorar a terra nos séculos XIV – XVIII

Profa. Ma. Janaina Salvador Cardoso | Prof. Me. Rodolfo Nogueira da Cruz | Prof. Me. Waslan Saboia Araújo

A terra era, para os cristãos, entendida como um dos aspectos fundamentais a ser conhecido para compreender em parte a Criação. Ainda que os pormenores sobre a concepção deste elemento fossem inacessíveis à compreensão humana, a terra era a fonte de provimento dos próprios homens, a quem cabia a função de se manterem, aproveitarem todas as coisas que ela provia e cuidarem dela como algo sagrado. Em um diálogo retratado no Livro do Cavaleiro e do Escudeiro, escrito em meados do século XIV pelo infante D. Juan Manuel de Castela (1282 – 1348), é apresentada uma síntese acerca da terra, que foi difundida pelo Ocidente cristão e teve vida longa: ela era um espaço que serviria ao sustento e proveito dos homens, desde que fosse gerida de acordo com os desígnios do Criador. Dada a existência de valores compartilhados para além do período medieval, este simpósio temático tem como principal intuito reunir trabalhos que contemplem as diversas relações possíveis entre os homens e a terra desde o período no qual as próprias fronteiras territoriais conhecidas se alteravam, com a descoberta de novos espaços a serem vistos e habitados, até o período de formação de um discurso utilitário e racional acerca da terra e seus compostos. O simpósio reunirá pesquisas, concluídas ou em andamento, que tratem das formas de interação com o mundo físico, como a ordenação dos espaços, a descrição de plagas visitadas e os distintos modos de se explorar a terra, seja ela a conhecida ou aquela a ser desbravada. Assim, o propósito do simpósio é apreender as distintas práticas e visões que envolveram a terra nos dois lados do Atlântico entre os séculos XIV e meados do XVIII. 

05 de junho - a partir das 13:30h

Conhecendo o Serro do Frio através das viagens filosóficas do naturalista José Vieira Couto - Aline Damasceno Santana

A Metrópole portuguesa e o povoamento do nordeste do litoral catarinense - Profa. Ma. Eleide Abril Gordon Findlay

 

Os quilombos e a expansão colonial portuguesa no sertão oeste mineiro no século XVIII - Karen Pessoa Freire

 

O papel da terra nos primeiros anos da guerra luso-holandesa no norte do Brasil - Prof. Me. Gabriel Ferreira Gurian

 

La escritura y la apropiación del Buen Salvaje. El caso de: La sociedad de Amantes del País, Lima (1791 – 1794) - Jeremy Gibran Dioses Campaña

06 de junho - a partir das 09:00h

Os cistercienses e o “Ora et labora”: cultivar a terra para ganhar o céu - Vitória Maria Rodarte

 

“Las eredades que nos dexaron los nuestros antecesores”: terra, historicidade e a experiência nobiliárquica do tempo nos escritos de Pedro Afonso de Barcelos (século XIV) - Prof. Me. Rodrigo Prates de Andrade

 

Trabalhar a terra e produzir o pão em Castela e Portugal (séculos XIV e XV) - Prof. Me. Thiago Henrique Alvarado

 

Do homem de bem, bom lavrador. O conceito de “casa”, segundo a doutrina da economia antiga - Prof. Dr. Ricardo Hiroyuki Shibata

 

O uso de elementos da terra nas prescrições médicas das Minas Gerais Setecentistas - Gislane dos Santos Gomes

ST 03 - Do religioso ao secular: retratos do escravo e da escravidão entre os séculos XVI e XIX no mundo luso-brasileiro.

Profa. Ma. Adrielli de Souza Costa | Profa. Ma. Larissa Biato de Azevedo | Profa. Ma. Monique Marques Nogueira Lima ( Bolsista FAPESP)

Desde pelo menos o século XVI, com o aprofundamento das rotas portuguesas em África e com o paulatino crescimento do tráfico transatlântico, o escravo e a escravidão foram temas presentes na pena de diferentes letrados. Em um mundo cujos limites entre as dimensões religiosa e secular, transcendental e terrena, confundiam-se e misturavam-se, os fundamentos teológicos, econômicos e políticos estiveram reunidos em argumentos críticos ou favoráveis ao cativeiro. Nesse primeiro momento, a necessidade de conversão e a missão de salvação das almas configuraram parte de uma retórica a favor da escravização. Mais tarde, principalmente no século XVIII, a preocupação em conduzir os senhores ao digno e virtuoso tratamento dos seus escravos ganhou peso na escrita de homens empenhados na função de moralizar e instruir. Já no início do século XIX, foram publicados alguns ensaios e projetos que, inspirados pelas obras do universo ilustrado europeu, versavam sobre a escravidão e o trato dos escravos no Brasil, sobretudo enquanto eram repensados os vínculos institucionais, políticos, sociais e econômicos luso-brasileiros. Sobressaíram de algumas dessas leituras a incompatibilidade da escravidão em relação ao direito natural e a questão do sustento dos cativos em meio à possibilidade do fim do tráfico. Por fim, especialmente a partir da segunda metade do XIX, a questão da emancipação do cativeiro africano e de seus descendentes foi discutida não só entre os membros do governo, por meio dos discursos e manifestos, como também entre as publicações dos periódicos da época. Com atenção a esses diferentes olhares, este simpósio temático tem como objetivo reunir trabalhos concluídos ou em fase de elaboração que contribuam para o debate a respeito do escravo e da escravidão, em especial pesquisas que enfoquem as perspectivas da Igreja e do Estado, seja a partir do universo luso ou do Brasil. Busca-se fomentar a discussão entre
estudos que analisam diferentes tipos de fontes - crônicas, tratados, bulas papais, atas parlamentares e, até mesmo, processos do Santo Ofício - no sentido de compreender os discursos acerca da escravidão ao longo do tempo.

05 de junho - a partir das 13:30h

Os modos de vida dos cativos resgatados em África e destinados em Portugal (séculos XV-XVI) - Paula Sposito Almeida

 

Cobaias Humanas: experimentos científicos em escravos retratados em livros médicos e farmacêuticos luso-brasileiros - Prof. Dr. Wellington Bernardelli Silva Filho

 

Escravidão e Estado no mundo luso-brasileiro (séculos XVII a XIX) - Carolina Maria Donegá Teodoro

 

A escrava, a casa e a criança nos impressos cariocas (1808-1888) - Profa. Ma. Mariana de Paula Cintra

 

As falácias da cidadania para os escravizados e libertos na Salvador imperial na déca de 1860 -  Jennifer Kessie Ramos Figueiredo

 

“Ciganos: vítimas ou vitimários da escravatura?” - Profa. Ma. Mariana Sabino-Salazar

bottom of page